"LER TAMBÉM ERA SEGUIR ASSIM, POR UM TÚNEL ESCURO, E CHEGAR, DE QUANDO EM QUANDO, A UMA PLATAFORMA ILUMINADA" (in Estórias de Ver e Andar de Teolinda Gersão)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

RECRIANDO A PARTIR DA OBRA adozinda - DESAFIO C


No capítulo final, certos alunos imaginaram que, no último momento, Zulmiro não pode embarcar. Por que motivo? Como resolve o jovem a situação? Qual o papel de Adozinda? Claro que tinham de respeitar as características das duas personagens da obra de Sofia Ester.

DEPOIS DE LERES ESTES TRABALHOS, QUAL TE AGRADA MAIS? DÁ A TUA OPINIÃO SEM ESQUECERES DE A JUSTIFICAR.



Zulmiro estava pronto para pegar um táxi quando alguém toca à campainha.
- DRING, DRING, DRING.
- Zulmiro, sou eu, a Adozinda, abre!
- Já vou, Adozinda! Já vou.
- Nossa! Quase que fico lá na frente da porta! Você está pronto?
- Sim, sim. - falou ele meio aborrecido.
- Então vamos!
-Vamos?
Zulmiro não queria muito que Adozinda viesse com ele até ao aeroporto, mas como lhe havia de dizer isso?
- Sim, decidi não deixá-lo sozinho. Fiz minha mala... - explicou a menina muito ansiosa.
- Adozinda, não tenho tempo para brincadeiras. Vou ficar atrasadíssimo!!
- Entraram no táxi e lá foram eles, rumo ao aeroporto.
No carro, Adozinda era espoleta, não parava de mexer. Chegados ao aeroporto, depois de ter feito tudo o que é preciso fazer antes de embarcar...
- Desculpa, mas tu não podes vir comigo, Adozinda.
- Mas porquê?
- Porque é assim!
E Adozinda foi-se embora. Zulmiro embarcou contrariado, sem nenhuma vontade de fazer aquela viagem.
Entretanto, Zulmiro fica dentro do avião, mais de uma hora, sem que a viagem se iniciasse! O tempo passava e ninguém explicava o atraso. Já farto de esperar:
- Mas, o que aconteceu? - perguntou Zulmiro.
O comandante ainda não tinha explicado nada. Não podia ser Adozinda, pensou Zulmiro, ela não saberia quebrar um avião… pensava o jovem sem perceber o que estava a acontecer. De repente, todos os passageiros tiveram de sair do aparelho.
- Mas, o que estás a fazer aqui? - espantou-se o Zulmiro ao ver Adozinda do lado do trem de aterragem .
- Fui....eu...que....que quebrei o avião!!!! Eu estava à sua espera.
Zulmiro ficou muito aborrecido, mas não disse nada à amiga, sorriu apenas!
Adozinda ficou espantada com a reação do seu amigo. Estava feliz, mas ao mesmo tempo sabia que ele ia fazer algum comentário.
-Me desculpe, eu não deveria ter feito isso, Zulmiro.
-Eu é que peço desculpas, eu não queria falar assim com você!

Alguns dias depois, Zulmiro voltou ao aeroporto para embarcar rumo aos Estados Unidos. Desta feita Adozinda portou-se bem, não fez nenhuma das suas e despediu-se do amigo, infeliz e prometendo-lhe que estaria sempre ao lado dele em pensamento.

camilette
______________________________________________________________________


Zulmiro e Adozinda chegaram ao aeroporto. Zulmiro levanta a cabeça para os televisores e o que viu?
- Não posso acreditar! - disse ele.
- O quê? O que foi? – perguntou a Adozinda.
- Olha! Voo Lisboa-Estados-Unidos ANULADO! - gritou o jovem, apontando para o televisor.
- Mas porquê? Anda, vamos perguntar e ver o que se passa.
A Adozinda estava triste pelo amigo... mas, se o voo estava anulado, ele teria de ficar ali. Que fixe! Quando chegaram às informações disseram-lhes que o avião tinha tido um acidente e que provavelmente, os bilhetes iam ser todos reembolsados. À frente deles havia muita gente desorientada, até havia quem chorasse... A Adozinda, para tentar animar o amigo, que parecia ter saído de um funeral, desatou a rir:
- Ah! Ah! Ah! Não faz mal, assim ficas comigo!
- É...- continuou o Zulmiro, que não estava a achar piada nenhuma.
- Eu sei que a escola nos Estados-Unidos é muito importante para ti e para o teu futuro, mas os bilhetes vão ser reembolsados e...- Adozinda não acabou a frase.
- Sabes que mais? Fico aqui!
- O quê? - perguntou a Adozinda, atónita com as palavras inesperadas do amigo.
- Sim, estavas com lágrimas nos olhos quando soubestes que me ia embora. Vou combinar algo com a tua mãe e fico a tomar conta de ti. Achas que ela aceitará?
- Ela tem de aceitar. Tu és o melhor, Zulmiro! - Deu-lhe um beijo e regressaram os dois a casa

kr!ne
-------------------------------------------------------------------------------------------------

O Zulmiro estava sentado, à espera do avião. A voz do rádio anunciava vinte e duas horas e quarenta minutos. Havia já uma hora que ele estava à espera. Então Zulmiro, aborrecido, foi às informações. Atendeu-o uma jovem mulher que estava sempre a sorrir. Zulmiro acalmou-se quando a viu e começou a falar-lhe. De repente, uma cabeça conhecida surgiu por detrás da mulher: era Adozinda! O estudante ficou desapontado. A moça da informação ficou com medo, pois Zulmiro ficou branco como a neve. Então Adozinda veio ter com ele, rindo-se. Zulmiro perguntou então:
- Adozinda, o que é que estás a fazer aqui?
- Nada de especial, estou unicamente com a chave que abre a porta do local onde se pode controlar a electricidade.
- Zinda, não me digas que provocaste um corte de electricidade!? Assim o avião não pode descolar!
- Zulmiro, não quero que te vás embora! Por favor?!
- Adozinda! Como podes fazer isso? Eu também vou ficar com saudades tuas, mas tu não podes fazer isso, estás a ser muito egoísta...
- Está bem, desculpa Zulmiro! É que não gosto da ideia de ter saudades tuas! Mas vou arranjar tudo.
- E como? - perguntou Zulmiro desconfiado.
- Com a vassou....
- O quê?! Com a vassoura? Tu estás doente! São quase onze horas da noite e você quer ir de Lisboa até Nova Iorque numa vassoura?!
- É a única solução! – disse Adozinda, mesmo sabendo que Zulmiro tinha razão.
O Zulmiro não falava e Adozinda também não. A viagem no carro em direção da casa da bruxinha foi feita em silêncio. Chegaram lá e a única coisa que Adozinda disse foi:
- Desculpe!
- Vai, bruxinha, antes que eu me zangue! - disse Zulmiro, rindo-se.
- Obrigada, Zulmiro!
- Está bem! Mas promete-me que não voltas a fazer o mesmo.
- Juro-te! Foi a última vez!
- Zinda, vais ficar com saudades minhas...
- Porquê?
- Amanhã vou voltar ao aeroporto para apanhar um novo avião.
- Está bem, Zulmiro. - disse Adozinda com um olhar brilhante. O carro partiu e a Zinda começou a chorar. Vai ser difícil para a nossa bruxinha esta separação.

bob
______________________________________________________________________

Zulmiro, acompanhado por Adozinda, ia embarcar daí a menos de uma hora. Estava tudo preparado, e agora só lhe faltava despedir-se de Adozinda que era o mais difícil. A Adozinda tinha as lágrimas nos olhos, ia ter tantas saudades dele, ia aborrecer-se sozinha ali, com amigos e amigas da sua idade. Zulmiro despediu-se dela, triste e também um bocado ansioso por descobrir o novo país para onde ia. Ao despedir-se da jovem bruxinha prometeu mandar-lhe cartas. Era preciso um milagre para que o Zulmiro não se fosse para o estrangeiro. Ao subir as escadas do avião, o telemóvel de Zulmiro tocou e ele escutou a seguinte mensagem : o seu voo foi anulado por causa de uma tempestade. Agradecíamos-lhe que regressasse ao aeroporto daqui a quatro dias. Que decepção enorme, quando Zulmiro ouviu esta notícia que o obrigou a regressar a casa. Claro que a Adozinda ficou muito contente, mas escondeu a satisfação e disfarçou, fingindo que estava triste, como se aquilo a afectasse imenso.
Adozinda tentou organizar esse dia com Zulmiro para poderem ficar juntos e se divertirem. Zulmiro explicou-lhe que tinha alguns trabalhos a fazer para os quais precisava de bastante tempo, o que Adozinda não aceitou:
- O quê!? Só faltam três dias para tu te ires embora e só pensas em trabalhar? Nem penses!
Adozinda conseguiu o que queria, como quase sempre, e lá foram eles passear.
Dois dias depois, Zulmiro recebeu um telefonema do seu primo Carlos:
- Zulmiro,sou eu, o Carlos, olha , a minha mãe adoeceu muito esta noite e ela queria muito que viesses visitar-nos. Sabes, é uma doença grave e rara. Espero que venhas!
Zulmiro ficou branco como a neve com esta mensagem já que o primo morava muito longe. Adozinda, claro teve uma ideia e usou a sua vassoura que levou ambos rapidamente a casa do primo de Zulmiro porque não havia outra solução. Ao chegarem lá, Carlos perguntou a Adozinda porque não usava a sua magia para salvar a sua mãe. Zulmiro explicou que podia ser perigoso tentar curar uma doença desconhecida dessa forma, mas como Adozinda não pensava muito nas consequências das suas acções tentou e conseguiu, mas quase teve um ataque ao despender tanta energia. Carlos agradeceu muito a Adozinda e Zulmiro conseguiu apanhar o seu avião no dia previsto.

ado

______________________________________________________________________


No momento em que Zulmiro se despedia de Adozinda ouviu-se uma voz que fez que a jovem bruxa ficasse mais alegre:
- A viagem para os Estados Unidos não poderá ser efectuada por causa de um pedaço de metal enorme que se encontra dentro de um dos reactores e que não conseguimos retirar.
A Adozinda teve um sentimento estranho. Ela estava contente com o facto do Zulmiro ficar mais uns tempos em Portugal, mas estava também triste porque o seu amigo não podia tornar o sonho dele realidade: ir aos Estados Unidos e ver a Estátua da Liberdade! Zulmiro que estava ao lado dela ficou desesperado:
- Mas como é que vou poder fazer a minha viagem de estudo? O aeroporto está cheio de gente e eles não vão poder arranjar outro avião!
- Não faz mal, Zulmiro, eles vão encontrar uma solução! - respondeu Adozinda, para consolar o amigo. Este não ficou melhor, mas agradeceu a boa vontade de Adozinda. A bruxinha bem compreendeu que o amigo continuava triste. Então, foi pedir dois chocolates quentes que bebeu com o Zulmiro.
- Obrigado, Adozinda, és mesmo uma boa amiga!
- De nada, de nada…
E nesse preciso momento a jovem entorna o seu chocolate em cima da sua nova saia e começando a chorar porque a mãe iria matá-la.
- Ai, ai, ai, a minha mãe se vir isso… - e começou a chorar de novo.
Zulmiro, mais uma vez, consolou-a e prometeu que lhe compraria uma outra saia quando voltasse dos Estados Unidos. Depois, Adozinda insistiu tanto, tanto, tanto para o Zulmiro ficar a dormir em casa dela que o jovem ficou a pensar na maneira de não a desapontar. Nesse momento, uma voz, a mesma de há pouco, informava que só conseguiriam tirar o pedaço de metal no dia seguinte. Então, Zulmiro aceitou a proposta de Adozinda. Esta ficou tão contente que começou outra vez a chorar e o Zulmiro outra vez a tentar sossegá-la, como era seu hábito. A bruxinha e o amigo voaram na vassoura até à casa de Adozinda.

best
______________________________________________________________________

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu gostei muito da composição de Ado, porque tem passagens engraçadas e passagens onde soube misturar o realismo e a imaginação. Eu achei que, mesmo não tendo lido o livro, podemos imaginar como são a Adozinda e o Zulmiro. Por ter lido o livro eu reconheci as características das personagens!

camilette

Anónimo disse...

A composição que eu preferi foi a de kr!ne porque tem um final totalmente possível e não muito complicado, contrariamente a outros trabalhos que se tornam muito complicados. O comportamento das personagens foi respeitado e bem utilizado. Eu gosto do fim porque ele é inesperado e agradavelmente surpreendente. Também preferi esse texto porque quando li o livro também queria que o Zulmiro ficasse com a Adozinda por sua própria vontade e que todos ficassem felizes. Esse texto também é bom porque, desta vez, é a Adozinda que tenta reconfortar o Zulmiro e não o contrário como é hábito no livro. Resumindo: esse texto é bom, não é muito complicado, todo mundo está feliz e no fim temos direito a um beijo sempre apreciado pelos leitores! Foram essas razões que me levaram a preferir esse texto.

alguém

Anónimo disse...

A minha composição favorita é a de kr!ne. Tem momentos engraçados e a Adozinda ainda continua a ser muito imatura e o Zulmiro muito sério (a kr!ne respeitou bem as características das personagens). Também gostei muito da composição de alexferrari pois ela é muita romântica. O texto não é muito complicado e isso torna o texto fácil de compreender. Parabéns aos dois, a kr!ne e a alexferrari!

caro-cenoura